segunda-feira, 30 de maio de 2011

Premiação do 1º Festival de Cinema de Cáceres

Terminou ontem de forma emocionada o 1º Festival de Cinema de Cáceres. Vida longa ao festival que entre os dez curtas exibidos na mostra competitiva teve a inscrição de dois curtas locais: "Trabuco" e "Tiros E.M. Novo Oriente". Os  premiados  do festival foram:
1º lugar- " Caio André"
2º lugar- " De Silêncios e de luz"
3º lugar-- " Vestígios do tempo"
Prêmio especial para melhor diretor para Luiz Marchetti por " Caio André".
Jovens diretores exibiram seus  filme, o público participou e foram exibidos vídeos realizados durante a oficina de audiovisual que ocorreu paralelo à mostra do festival. Experiência única e celebração à paixã que o cinema desperta

sábado, 28 de maio de 2011

Primeira Impressões 1º Festival de Cinema de Cáceres

Sentado na primeira mostra com alunos da Escola Tancredo Neves, única escola do Munícipio de Cáceres que não entrou em greve. Encontro com uma amiga professora e conversamos antes de iniciar a sessão. Então começa a exibição dos curtas: "Nó-de-rosas" de Glória Albués, filmado em Cáceres e Twianacu na Bolívia, filme interessante sobre um mulher em busca das origens, comecei a rir ao ver as reações dos alunos com as cenas sensuais do filme. O segundo curta é " A cilada com 5 morenos" filmado em Cuiabá e Chapada, sobre resgato da música cuiabana. Gostei muito de saber das realizações de filmes aqui na nossa região, extremamente estimulante e com resultados belos. Ótimo primeira dia.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A árvore da vida ganha a Palma de Ouro em Cannes 2011

Uma pausa para comentar o vencedor do Festival de Cannes desse ano, A Árvore da Vida do diretor Terrence Malick levou cinco anos para ser levado ás telas encontrando dificuldades para ser distribuído. Ainda não vi o filme mas é uma satisfação ver que a visão de um diretor feito com belíssimas imagens é prestigiada e valorizada, mesmo sendo algo raro hoje em dia. Ansioso para ver o filme e conferir a visão de Terrence Malick sobre a origem da vida. Grandes expectativas.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Antes do Pôr-do -sol ( Before Sunset,2004) de Richard Linkater

Tenho uma ligação emocional com esse filme por que sou um dos poucos que assistiram a primeira parte Antes do Amanhecer (Before Sunrise) feita em 1994. Me apaixonei pela história e pelos personagens e reencontrá-los dez anos depois foi um desses privilégios que o cinema propicia. O roteiro é construído em um dia na vida do americano Jesse e da francesa Celinne que tem menos de duas horas pra conversarem sobre suas vidas e desencontros em quase dez sem se encontrarem antes dele pegar seu avião para voltar para casa. Tudo isso acontecendo em Paris, uma espécie de testemunha silenciosa desse encontro. Os diálogos são de uma sutileza permeada de humor, dissimulação até finalmente resultar em confissões tão poderosas e verdadeiras que nos envolve nas emoções das personagens.É uma espécie de anti-romance ou mesmo a história do amadurecimento de dois jovens que se encontram em momentos de questionamentos e que aos poucos vão se abrindo para ilusões e sentimentos guardados.O amor pode oscilar entre o doce e o amargo é o que filme nos propõe este belíssimo filme.

Desejo e Reparação (Atonement,2007) de Joe Wright

Um dos melhores filmes da década com certeza, graças a um final com um extremo impacto emocional. Mostra a força da arte literária que pode misturar dois mundos: o real e o imaginário. Dando novos desfechos aos personagens. É o típico filme que quanto menos se fala melhor as surpresas que são reservadas. O que aparentemente seria apenas mais um romance épico tradicional se mostra um trabalho criativo de edição e um roteiro com uma narrativa brilhante e surpreendente. Desejo e Reparação é ricamente produzido com detalhes que reafirmam a força do cinema em contar histórias que nos permitem emocionar, imaginar e nos impactar com a nossa natureza humana que está refletida no cerne da história. Brilhante e inesquecível.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Herói (Yīngxióng,2002) de Zhang Yimou

Talvez seja um filme que representa toda uma nação, no caso a nação da China, com todo o seu aspecto épico e a grandiosidade da história sem necessariamente ter a pressa em ser contada. E sobretudo a riqueza cultural oriental  mostrada em detalhes nas cenas. Grandioso em muitos sentidos, mas em especial na maneira artística como foi concebido. A fotografia é espetacular onde cada ponto de vista é contada com uma tonalidade de cor diferente, sendo cada cor colocada de forma arrebatadora. Tem a tradição dos filmes Wushia, com irreais movimentos de ação mas que não compromete em nenhuma momento a linearidade da obra. Ao mesmo coloca valores e questões universais como a violência, unidade, política,amor e honra. É com certeza um dos mais belos filmes já feitos.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Brilho Eterno de uma mente sem lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind,2004) de Michel Gondry

Um dos melhores roteiros já escritos para o cinema. Original e humano à só tempo. Acompanhamos quando um personagem se arrepende de querer apagar sua ex-namorada da mente e tenta escondê-la em suas memórias. Romântico e absolutamente genial na concepção das imagens e lembranças. Consegue um efeito nostálgico e diálagos inesquecíveis. O filme analisa as idas e vindas de um relacionamento, mostrando que o fim pode justificar os meios de um envolvimento ou vice versa. Ao final, temos a impressão e com certeza é verdadeira, de ter visto uma obra-prima. De fato é, por conseguir exprimir a força das palavras em imagens com tanta ousadia e maturidade artística.

Encontros e Desencontros (Lost in Translation,2003) de Sofia Coppola

Dois estranhos, uma jovem casada e um ator decadente se encontram no Japão e nasce uma identificação entre  eles. Acompanhamos os dois em uma crescente intimidade que fica difcíl de definir se é uma amizade ou um romance. É exatamente essa indefinição que é a grande magia do filme, pois existem sentimentos e momentos complexos demais para exprimir em palavras, assim como num idioma diferente ficamos perdidos em expressar o que queremos ou sentimos de verdade. Eles se juntam numa cumplicidade que desafia rótulos e faz os sentimentos ficarem à bel vontade do expectador, confiando na sua capacidade de interpretar e finalizar uma história por si só. Um filme que nos alcança no interior e nos faz lembrar a beleza da indefinição.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

The Edukators (Die Fetten Jahre sind vorbei, 2004)de Hans Weingartner

Um filme que representa a juventude, onde se reflete e se contesta o mundo em que se vive, sonhos são pensados de maneira apaixonada e os amores estão em ebulição. Mas e se no meio do caminho você encontra alguém que faz com que você repense tudo isso? Eis a proposta desse filme alemão que fala de três jovens engajados que protestam invadindo casas de pessoas da classe alta até que se deparam com um dos moradores e acabam improvisando um sequestro. Os caminhos percorridos não tem volta, assim como as mudanças que vão acontecendo com os personagens contados de maneira original e simplesmente envolvente com um triângulo amoroso irrestível e marcante. Filme corajoso, belo, contestador e inesquecível como toda juventude deve ser.

A voz do coração ( Les Choristes,2004) de Christophe Barratier

Música e cinema são combinações mágicas. Esse filme mostra isso de maneira brilhante com a história de um tutor que começa à trabalhar numa insituição com jovens desajustados e em flashback um dos seus alunos relembra todo o período em que foi influenciado por esse tutor quando este teve a idéia de criar um coral com os garotos. As músicas cantadas e tocadas durante são de uma beleza encantadoras e inesquecíveis e a história de mestre e alunos é construídas com calma para no final nos arrebatar de maneira surpreendemente. Um filme  simples e belo mas carregado de sentimentos e nostalgia, provando mais uma vez o poder libertador da música.

Mar Adentro (2004) Alejandro Amenanábar

Vida e morte brigam nesse filme, graças à um personagem carismático que deseja a morte mas não tem meios de concretizá-la pois já fazem mais de 20 anos que é tetraplégico, o filme conta a história real de Juan Sampedro. Somos envolvidos pelo personagem e assim como as personagens que o cercam ficamos divididos entre realizar seu desejo e permanecer perto dele. É impressionante a força de suas palavras como a poesia no final do filme e a vontade humana que ainda permanece com Juan. Sua  imaginação  consegue tirá-lo do seu quarto e levá-lo para os lugares queridos. Um filme terno, sensível e profundamente inspirado. Forte em suas conclusões mas também na maneira como as relações afetivas envolvem à todos. Simplesmente ótimo.